Antes de começar: eu tenho muita raiva de pessoas que falam sobre
como estudam pouco e mesmo assim tiram notas ótimas e aprendem um
monte. Eu não sou essa pessoa. Eu não gosto de levar as coisas “nas
coxas” - faço se for necessário, mas com dorzinha no coração e sabendo
que, no final do semestre, vou ter a sensação de que não aprendi nada
(alô 2016). Se você é uma dessas pessoas, talvez esse método seja
exagerado para você. Sem problemas, só não esfrega isso na minha cara.
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Quando eu estava no ensino médio/meu breve período como estudante de
engenharia, “como” estudar não era o problema. Você tem uma lista de
exercícios e resolve eles, pronto, estudou.
Aí veio a Psicologia,
milhões de artigos e capítulos de livros e a deliciosa sensação, uma
semana depois de ler o texto, de que eu não lembro mais nada que estava
lá. Então como se preparar para as provas? O pinterest trouxe a
resposta: o método Cornell.
(A parte boa de escrever um
post desses é que me força a estudar as coisas que eu jurei que ia
estudar durante as férias. O livro abaixo é “Introdução ao estudo do
método de Marx”, do José Paulo Netto e publicado pela Expressão Popular)
Como se faz? Depois de ler o texto e grifar as partes mais
importantes, você pega uma folha e divide em 3 partes: a margem, o
texto principal e um espaço embaixo para anotações.
A parte do texto principal
é a primeira que eu faço. Copio as partes do texto que considerei
importantes, exatamente como elas estão escritas no texto, alternando as
cores para não ficar tão cansativo de ler. Copiar exatamente como está
no texto me ajuda quando estou escrevendo um artigo acadêmico, porque aí
posso consultar os meus resumos e citar o que já coloquei ali, em vez
de voltar ao texto original. Para acelerar as citações na ABNT/APA, já
anoto no final da frase qual era a página em que ela estava.
Na margem,
eu crio perguntas baseadas nos conceitos que estão na parte principal.
São perguntas bem simples, mas que me certificam de que realmente fixei
os pontos principais do texto. Se o resumo do texto for feito antes da
aula em que ele vai ser trabalhado, essa margem pode ser usada para
anotar dúvidas que surgiram durante a leitura e tirar elas durante a
aula. Também pode ser um espaço para anotar pontos que o professor destacou
como importantes durante a explicação. Seria a ideia perfeita, mas
sendo sincera, nunca consigo fazer esses resumos antes da aula (ler
todos os textos obrigatórios antes da aula já é uma vitória).
Por fim, o espaço para anotações.
Aqui, eu respondo as perguntas que fiz na margem, escrevendo com as
minhas palavras os conceitos principais. Essa parte eu deixo para fazer
quando estou estudando na véspera das provas, como se fosse um simulado
das respostas que vou escrever na prova.
Esse é o método que eu uso quando sou uma pessoa organizada, me planejo
com antecedência, consigo ficar em dia com as leituras obrigatórias etc.
Quando eu não consigo, o caminho é: escrever as partes do texto que
grifei no computador - fazer um resumo do texto todo logo antes da prova
- mandar mensagens para as amigas tirando dúvidas em cima da hora.
Recomendo ambos.
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